quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

TÁ ESQUENTANDO

TÁ ESQUENTANDO...

“ta esquentando, não, esfriou, tá esfriando, tá esquentando, tá ficando quente, tá mais quente, tá pegando fogo...
assim era uma brincadeira que fazíamos quando criança, onde escondíamos alguma coisa ou pessoa e a outra saia a procura, ao passo que a cada passo que a pessoa dava em direção ao local que estava o premio ou a pessoa, nós gritávamos que estava esquentando.
Quando vamos crescendo diversas coisas e pessoas vão se escondendo e saindo da nossa vida . Até aí tudo normal, afinal dificilmente chegamos a fase adulta próximo as mesmas pessoas que estávamos quando criança.
Há algum tempo, não sei precisar exatamente faltava um sorriso na televisão e mesmo sem ser um telespectador assíduo de TV, é perceptível quando certas pessoas não estão no ar.
Quem não sente falta do quarteto mais fantástico da TV Brasileira, os trapalhões? Quem não gostaria de rever armação ilimitada, viva o gordo e tantos outros programas e artistas?
Tudo bem que crescemos, mas mesmo adultos temos a necessidade de sorrirmos, de por para fora a criança que temos dentro de nós e com isso independente de ser um programa, brincadeira ou pessoa que seja, contamos com algo ou alguém para nos alegrar!
Falta sentimos também de; BRASIL LEGAL, TV PIRATA, MUVUCA, “TINA TUNNER”, VEM COM TUDO e tantos outros programas e as participações de Regina Casé.
Descontraída, animada, dinâmica e desenvolta, pode não ser ou não se considerar a melhor apresentadora Brasileira, porém, ao sair da grade de programação, nos lança na grade da expectativa, ficamos por esperar sua volta e ao passo de algum sinal, todos gritamos: “tá esquentando!”
porém, durante alguns meses a mesma andou escondida, iniciando a brincadeira da vida real, sem sabermos por onde e como andava, nossas mentes davam passos largos em sua busca, um flash, uma aparição, uma entrevista, uma nota no jornal, se pudéssemos todos obter seu endereço, o cara lá de cima nos visse pelas ruas da cidade nos aproximando de seu endereço, também gritaria como um trovão; tá esquentando!” a frieza era total, se foi depressão, problema familiar, com um familiar, financeiro ou psicológico, por ganho ou perda, por falta ou excesso, não se sabe, o que sentimos foi falta, uma sensação de “tá ficando frio”, sem o calor peculiar, sem o sorriso aberto, nosso corações, seu coração se fechou.
Mas o que é a noite escura para quem nasceu da alegria? O que é a falta para quem tem estoque, o que é o excesso para quem sabe dividir?
A vida dura para uma Regina Casé é como alicerce para um futuro, a lágrima regando um sonho, o choro soando com um belo samba de cartola, que acalma, conforta, consola.
Ao som do bom e velho samba, com a esperteza de um malandro da lapa, equilíbrio de passista, se despindo de toda e qualquer máscara, ela surge como ancora de um programa, chegando ao fundo, mas do quintal, tendo revelação, exaltando a louca vontade maníaca de samba, sendo a menina marota, alegrando os nobres, belos, nogueiras, santoros, silvas, cunhas, carvalhos, lara, os marrons, brancos, azuis, amarelos a todos.
Fazendo hoje que ao passo da proximidade de uma sexta feira, todos nós gritemos: “tá esquentando”, no sábado: “tá pegando fogo!” e no domingo sim, podemos dizer em alto e bom som:

BATERIA ARREBENTA, TODO MUNDO COMENTA, COM A VOLTA DA REGINA CASÉ A TV BRASILEIRA DOMINGO ESQUENTA!”


por Luciano Pierre- PorTexto

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