sábado, 14 de agosto de 2010

voce sabe com...

VOCÊ SABE COMO É!
Tem muitas coisas na vida que nós vamos sendo ensinados e desde andar até desenvolver trabalhos totalmente complexos, somos ensinados.
Eu me lembro que minha mãe me dizia: “ tudo tem que ensinar você” e como eu era muito novo não tinha resposta, mas talvez devesse dizer: “ sim mãe! Você não sabe que eu nunca vivi antes?”
Nós vamos crescendo e aprendendo, aprendendo e aparecendo, aparecendo e compreendendo, compreendendo e vivendo. Seguimos um ciclo de aprendizado que jamais se dissipa, uma constante evolução, nascemos, crescemos, repoduzimos e sem desvendar mistérios profundos de nossa existencia, morremos, deixando coisas e pessoas para trás, que jamais soubemos tudo a respeito.
Aprendo alguma coisa todo dia, esta frase de uma empresa de treinamento de equipes e adotada na empresa onde trabalho, uma verdade absoluta, pois se formos analisar nossos dias, temos diversas coisas para aprender em cada um deles, coisa muito importantes e coisas com pouco menos importancia, mas aprendemos.
Eu me lembro que certo dia, estava em casa com minha adorável esposa e ao fazer algo errado, ela ficou muito brava comigo e sem exitar disparou: “você não sabe o que é ser casado!” ao perceber que minha atitude tinha de fato magoado ela e sofrendo daquele repentino branco que nos dá na hora em que fazemos algo errado e somos repreendidos, não tive dúvida, fui no porão do meu subconsciente, e trouxe uma resposta empoeirada e velha, que deveria ter dado a minha mãe a pelo menos uns 20 anos, dei uma requentada, troquei alguns ingredientes e servi no prato da inôcencia: “não amor, eu nunca fui casado!” na mesma hora ela degustou minha resposta como um chef frente a um prato requintado e sorrindo ela me abraçou!
Tem coisa que aprendemos e não são poucas, mas tem coisa que já nasce conosco, sendo uma delas a ajuda ao próximo, nós não reparamos, mas todos nascem bons, até o filho do mais alto criminoso nasce bom, mesmo que futuramente siga o caminho do pai.
Quando nascemos, vamos logo tocando nos outros bebês, sorrimos para todo mundo, vamos no colo de quem for, buscamos alimento no seio alheio, vivemos a necessidade de estar junto, o problema começa um poco mais tarde, quando já andamos, pronunciamos as primeiras palavras, lembrando que não xingamos ninguém, não somos grossos com ninguém, não abandonamos ninguém nos primeiros meses e até anos de vida.
Mas quando vamos crescendo, por incentivo da propria sociedade que vivemos e alguns até pelos proprios pais, que proíbem outras crianças de brincarem com os brinquedos dos seus filhos com medo de quebrarem, vamos nos tornando egoístas, uma pequena mancha preta começa a se formar, surgem os primeiros não, é meu, eu quero, eu tenho, é do meu pai, é minha. começamos aandar de mãos dadas com a senhora vaidade, esposa do senhor egoísmo, que tiveram um casal de filhos chamados, rancor e maldade, filhos estes que insistem em brincar conosco e ao primeiro sinal de ameaça de outra criança a nós, minha mão e a sua, nos proibiu de brincar com ela, na primeira marquinha que apareceu no nosso rosto quando voltamos do colégio, nossa mãe nos chamou de mariquinha, que se dessem uma pancada na gente, deveríamos revidar e mais tarde quando completamos de 12 anos para cima, seu pai, muito machão, lhe contou dois segredo: homem não chora e nunca traga desaforo para casa, que você traduziu para uma pequenina frase: “bateu, levou”
Nós nunca aprendemos a ser bons, mas somos treinados a desaprender, eu cresci sem ver farinha, mas ela sempre esteve pouca e o pirão primeiro lá de casa está por fazer até hoje. Somos mestres em incentivar o choro da mãe de outros.
Somos bons em criar ditados sobre a vida, se a vida te fez isso, se ela virou as costa para você, se ela, se ela, se ela, pena que a vida não nos faz nada, nós é que fazemos dela, se a vida fosse uma pessoa, ela viveria te maltratando e você perdoando. Perdoamos alguém que não existe, que jamais cruzou os portões do nosso psique, que nunca pediu dinheiro emprestado, que nunca nos xingou, ofendeu, deixou na mão ou agrediu, mas não perdoamos o cara que roubou nossa vaga no mercado, o que nos deve uma grana, que nos deu um fora, que não nos reconheceu, que nos ofendeu em uma discussão mais calorosa!
Perdoar é assunto de segundo grau, ser bom é materia contínua, podemos ser bons não nos importando a quem, o difícil é fazer esta mente que caminha quase que por suas próprias vontades, querer. A bondade não está em amar quem nos ama, ela está em amar, em se importar com a dor do outro, sendo aprovado em testes de perdão, buscando lá atrás a essencia que nasceu conosco, o toque, o sorriso, o olhar que deixamos quase que no berço.
Sabe quem vai nos ensinar a ser bons? Ninguém, a escola, a tv, os jornais, a roda de “amigos, a família, vais estar sempre pronta a opinar no incentivo a vingança, desprezo, abandono e revide, qualquer um tem uma lenha nas mãos, há os que preferem ficar do lado de fora do circo, afinal fagulhas surgem a todo momento, alías em relação de gente com gente, sempre haverá fagulhas, o calor desse negócio normalmente é alto, o preço também, mas o que devemos correr para lembrar é que uma lágrima, apenas uma é capaz de silenciar um enorme incendio, basta ela estar pedindo ou recebendo perdão, basta alguém estar sendo bom, nem que por um segundo, pois o fogo da vaidads, rejeição, do desprezo, egoísmo, orgulho, abandono e tudo que seja governado pela insistente maldade, sempre será apagado com poucas lágrimas, desde que elas sejam da bondade e sabe quem irá te ensinar quantas gotas usar para cada incêndio? Você mesmo, afinal se for para ser bom, você pode ter certeza que você sabe como é!


LUCIANO PIERRE